Parada técnica da Revap vai gerar até 4,5 mil empregos em São José dos Campos e contratações serão pelo PAT
A parada técnica programada da Revap, localizada em São José dos Campos, representa um momento crucial não apenas para a refinaria, mas para toda a economia da região. Segundo Marcelo Costa, presidente do Sindicato da Construção Civil (Sintricom), a intervenção está prevista para gerar até 4.500 empregos temporários. Essa movimentação oferece uma oportunidade significativa para os trabalhadores locais, refletindo a força e a resiliência da comunidade no enfrentamento de desafios. O evento não somente impulsionará o setor de construção civil e manutenção industrial, mas também será um catalisador para a recuperação econômica, criando um ciclo de benesses para o comércio e serviços locais.
Parada técnica da Revap ocorrerá em duas etapas
A parada técnica contará com uma divisão em duas fases fundamentais. A primeira fase abrangerá a manutenção do coque e da planta antiga da refinaria, enquanto a segunda fase verá a interrupção das operações da nova planta (210). Essa estratégia divide os serviços de modo a evitar a concentração excessiva de trabalhadores ao mesmo tempo, o que condiz com melhores práticas de segurança. Costa enfatizou a importância dessa abordagem: “Com essa divisão, conseguimos planejar melhor a execução dos serviços e garantir condições seguras para todos”.
Outro ponto importante mencionado por Costa é que a seleção da mão de obra seguirá uma regra de priorização que favorece os trabalhadores locais. O acordo coletivo vigente estipula que 80% das contratações devem ser realizadas a partir de profissionais de São José dos Campos e regiões adjacentes, como Jacareí, Taubaté, Caraguatatuba e São Sebastião. Essa medida visa o fortalecimento da economia regional e garante que os benefícios da parada técnica sejam sentidos pela comunidade. “Dessa forma, conseguimos garantir que a economia da região seja beneficiada diretamente com a geração de empregos”, afirmou Costa, ressaltando o compromisso com o desenvolvimento local.
Processo de contratação na parada técnica da Revap será pelo PAT
O processo de contratação para as vagas geradas pela parada técnica da Revap será gerenciado pelo Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) e pelas próprias empresas envolvidas. As vagas disponíveis serão publicadas pelo PAT e as empresas possuem um sistema próprio de recebimento de currículos. O sindicato, por sua vez, acompanhará e fiscalizará o cumprimento dos termos acordados, garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que a seleção ocorra conforme as necessidades. Costa reafirma: “O trabalhador pode confiar que estamos atentos para garantir que os direitos sejam respeitados”.
Em relação ao calendário de contratações, ele está estruturado em três fases distintas. A primeira fase, chamada de pré-parada, ocorrerá entre o final de março e o início de abril. A parada efetiva se dará em duas fases, sendo a primeira entre agosto e setembro, e a fase pós-parada se estenderá de setembro a outubro. “Após a conclusão das manutenções, a refinaria retomará suas operações com um contingente de 2.500 a 3.000 trabalhadores fixos”, explicou Costa. Essas etapas são essenciais para que a parada técnica transcorra com sucesso e dentro do prazo estabelecido.
Impacto na economia e perspectivas para os trabalhadores
A geração temporária de empregos esperada com a parada técnica da Revap não se limita a um impacto direto sobre a construção civil. Luiz Costa menciona que, ao incrementar a força de trabalho da refinaria, os efeitos reverberarão em toda a economia local, beneficiando setores como alimentação, transporte e comércio em geral. “Com mais trabalhadores atuando na Revap, há um impacto direto em serviços locais”, observou Costa, indicando como essa movimentação gera um ciclo positivo.
Ademais, essa oportunidade representa um desafio para muitos trabalhadores da região que buscam novas oportunidades de crescimento profissional. Muitos profissionais qualificados estão prontos para entrar no mercado com esse evento. Costa destacou que a refinaria é um local de aprendizado e, muitas vezes, os trabalhadores que ingressam temporariamente acabam sendo absorvidos em novas oportunidades. Essa dinâmica é benéfica tanto para os novos contratados quanto para a própria industria, que se beneficia de um pool de talentos local.
Campanha salarial também é destaque
A parada técnica da Revap não é o único assunto em pauta; o sindicato também iniciou uma campanha salarial que visa garantir reajustes e novos benefícios para os trabalhadores. A antecipação das discussões salariais reflete o reconhecimento da importância de condições justas de trabalho. Costa afirmou: “Queremos aumentar a ajuda de custo, que hoje varia entre R$ 1.000 e R$ 1.200, para um valor equivalente ao salário mínimo atual, de R$ 1.500”. Essa proposta coloca em evidência a crescente necessidade de compensações adequadas em um cenário em que o custo de vida continua a subir.
Outras questões que fazem parte dessa campanha incluem o aumento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que deve passar de R$ 6.500 para R$ 7.250, e o reajuste da cesta de Natal, que deve ser elevada de R$ 700 para R$ 1.000. A reposição integral da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também estará em discussão. Essas propostas refletem um compromisso com o bem-estar dos trabalhadores e a busca por melhores condições de vida.
Costa enfatizou a importância da participação dos trabalhadores nas negociações. “Eles são os protagonistas dessa luta. Quando há sintonia com o sindicato, avançamos”, declarou. Essa abordagem colaborativa demonstra como o diálogo aberto entre sindicato e trabalhadores é fundamental para a construção de um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado.
A parada técnica da Revap, aliada à campanha salarial, está se mostrando um catalisador para uma série de mudanças positivas. Com uma perspectiva otimista, espera-se que essa movimentação não apenas gere empregos, mas promova um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social para São José dos Campos e seus arredores.
Perguntas frequentes
Como a parada técnica da Revap impactará a economia local?
A parada técnica deverá gerar um aumento significativo de empregos temporários na construção civil e em serviços associados, como alimentação e transporte, impactando positivamente a economia local.
Quais são os critérios de contratação para os empregos gerados?
A seleção priorizará a mão de obra local, com 80% das contratações sendo destinadas a trabalhadores de São José dos Campos e áreas vizinhas.
Qual será o período de duração da parada técnica?
A parada técnica será realizada em duas fases, com a primeira começando entre agosto e setembro e a segunda se estendendo até outubro.
Como posso me candidatar a uma das vagas?
As empresas contratantes e o PAT divulgarão as vagas disponíveis, e você pode enviar seu currículo através dos canais indicados por eles.
Haverá oportunidades de trabalho permanente após a parada técnica?
Sim, após a conclusão das manutenções, a refinaria poderá recontratar entre 2.500 e 3.000 trabalhadores fixos.
Qual é o principal objetivo da campanha salarial em andamento?
A campanha visa garantir reajustes salariais e benefícios, como aumento na ajuda de custo e na Participação nos Lucros e Resultados.
Conclusão
A parada técnica da Revap está se configurando como um momento de oportunidades e esperançosas perspectivas para os trabalhadores e a economia local. Com a criação de até 4.500 empregos temporários e a priorização da mão de obra local, São José dos Campos tem a chance de vivenciar um período significativo de crescimento e desenvolvimento na construção civil e na indústria de manutenção. Além disso, as iniciativas do sindicato para garantir melhorias salariais e condições dignas de trabalho são indícios de um fortalecimento da classe trabalhadora na região.
Essa movimentação não deve ser vista apenas como uma necessidade operacional da refinaria, mas como um elemento central na revitalização econômica da comunidade, unindo esforços e recursos para construir um futuro mais próspero para todos.

Como editor online do blog “CATE SP”, sou apaixonado por trazer as últimas notícias e informações sobre o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo. Com formação em Sistemas Para Internet pela Uninove em 2018, estou sempre em busca de atualizações e novidades para manter nossos leitores informados sobre oportunidades, eventos e tudo o que envolve o Cate na cidade de São Paulo.